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22 de outubro – dia de São João Paulo II

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Eram 17h19min em Roma no dia 13 de maio de 1981. Em pé na parte traseira do papamóvel, João Paulo II circulava lentamente pela Praça de São Pedro. O papamóvel parou e o papa se inclinou diante de uma menina de dois anos de idade que lhe estendia as mãos. João Paulo II a levantou nos braços, lhe deu um beijo e devolveu a criança aos pais com um sorriso.

De repente, um tiro.

Uma revoada de pombas assustadas agitou os ares do Vaticano.

Mais um tiro.

João Paulo II pendeu para o lado de seu secretário particular, o cardeal Stanislaw. Do local de onde os tiros tinham partido, levantava-se um tumulto em torno a um jovem que se debatia. Era Mehmet Ali Agca, o agressor.

A primeira bala perfurou o cólon do papa, dilacerou em vários pontos o seu intestino delgado e lhe atravessou o corpo, caindo depois dentro do jipe. A segunda passou de raspão pelo cotovelo direito de João Paulo II, fraturou seu dedo indicador esquerdo e ainda feriu duas peregrinas norte-americanas. O papamóvel arrancou em alta velocidade em direção aos Serviços de Atendimento de Emergência do Vaticano, onde o médico pessoal do papa, Dr. Renato Buzzonetti, já tinha sido chamado com urgência.

João Paulo II sangrava muito e foi levado de imediato para o Hospital Gemelli. A vida de um papa se apagava. Logo após a chegada ao hospital, o Santo Padre perdeu a consciência. Os médicos que realizaram a operação de emergência chegaram a confessar, tempos depois, que duvidavam da sobrevivência do papa devido à gravidade do ferimento e aos sérios problemas com a pressão sanguínea e com os batimentos cardíacos de João Paulo II. O Dr. Buzzonetti pediu ao cardeal Stanislaw que ministrasse ao papa a Unção dos Enfermos. Foram cinco horas extremamente tensas de operação e de espera. O mundo permanecia estarrecido. Terminada a intervenção dos médicos, chegou o aviso, ainda interno ao hospital, de que os procedimentos tinham corrido bem e de que as esperanças de recuperação tinham aumentado. Foi só no dia 15 de agosto que João Paulo II deixou definitivamente a clínica Gemelli.

– Por que o senhor não morreu? Eu sei que mirei certo. Eu sei que o projétil era devastador e mortal. Então por que o senhor não morreu? – perguntou Mehmet Ali Agca, o homem que atirou contra João Paulo II.

– Uma mão disparou. Mas outra mão guiou a bala.

O atentado ocorreu no dia 13 de maio de 1981. Dia de Nossa Senhora de Fátima. Depois de cirurgias e complicações, João Paulo II saiu do hospital dia 15 de agosto. Dia da Assunção de Nossa Senhora. São João Paulo II levou o projétil até Fátima, que encaixou-se perfeitamente na coroa da imagem de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, e encontra-se lá até hoje.

São João Paulo II, rogai por nós!