No primeiro dia desse mês celebramos o “Dia do Trabalho”. Todos nós somos chamados a esta vocação básica à vida do ser humano. Socialmente, o início desta data foi um dia de luto, marcado pela luta de operários em Chicago, incluindo mulheres e crianças, que eram obrigados a trabalhar até dezesseis horas por dia. Do ponto de vista religioso, esse dia é também a festa de São José Operário, modelo para os trabalhadores. No calendário litúrgico esta data foi instituída pelo Papa Pio XII, em 1955. São José, enquanto operário, viveu silencioso, sempre cumpridor do dever de educador e “filho operário”, Jesus. Hoje, muitas pessoas escolhem uma profissão por motivos que nada têm a ver com sua vocação. Alguns a escolhem pelo glamour que supõem existir em algum tipo de trabalho. Há quem escolha determinada carreira para realizar os sonhos da família. Pode ser que o pai, na juventude, tenha tentado ser médico, mas, como não conseguiu realizar seu desejo, quer agora que o filho ou a filha siga essa carreira, custe o que custar. Pode acontecer também que o pai seja um poderoso empresário e queira que o filho perpetue seu negócio, mesmo que o garoto não tenha a mínima vocação ou habilidade para o mundo empresarial. Aí a frustração chega e traz, com este glamour, tarefas aborrecedoras que somente aqueles com uma verdadeira vocação para tal profissão as fariam com prazer. Ainda assim, por mais que se escolha a profissão de acordo com a vocação, haverá inúmeras tarefas difíceis de cumprir e que só se concretizarão caso haja amor e respeito à sua missão e às pessoas que dependem de sua competência. A influência da família pode condicionar o jovem, porém não é determinante, pois a escolha deve ser pessoal.
Pedro Camacho