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GRUPO MISSÃO APARECIDA

Foi realizado mais um encontro de formação para lideranças da paróquia. As pessoas que participam são as que se sentem tocadas e motivadas por muitos sinais do Espírito. Os apelos vem de todos os lados: do Papa, da CNBB, da Arquidiocese, de documentos eclesiásticos e principalmente das periferias e dos morros. Esses encontros são de uma densidade extraordinária tanto no conteúdo como no método que envolve a todos.

A reflexão é feita a partir da exortação do Papa Francisco “A Alegria do Evangelho” e à luz dos vários projetos e experiências vivas e transformadoras do Pe. Vilson Groh. São vivências, testemunhos e participações que envolvem e motivam fortemente a todos.

Ninguém fica indiferente diante de afirmações do Papa como esta: “Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, e encurta distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação a assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o “cheiro de ovelha” e estas escutam a sua voz. Em seguida, a comunidade evangelizadora dispõe-se a “acompanhar”. Acompanha a humanidade em todos os seus processos, por mais duros e demorados que sejam”. O missionário(a) sobe o morro e se aproxima dos moradores, ouve o lamento, percebe a dor e toma conhecimento do enorme desafio diário de quem sobe por aqueles becos estreitos e íngremes carregando tudo nas costas. Mais que isso porém é impressionante entrar em contato com a mãe de um filho jovem totalmente dependente, de pessoas que lutam com a dependência química na família, que sobrevivem apesar das enormes deficiências na assistência pública, desde a saúde, escola, água, energia etc. O missionário se aproxima dessas pessoas e sente “o cheiro da ovelha”. Poucos se dispõe a essa empreitada missionária, talvez porque ainda não deram atenção ao apelo do Espírito. É mais cômodo rezar em casa no conforto intimista do lar. A oração é sempre útil, necessária mas torna-se completa e eficaz quando leva à ação concreta. Rezar no estilo de Jesus e sair da oração e descobrir o rosto de Cristo no rosto sofrido e desfigurado do próximo. É mais agradável rezar na igreja sentindo o perfume das flores e das pessoas do que o “cheiro da ovelha” que não vem rezar na igreja. Comungar o corpo, a carne de Jesus na Eucaristia implica em comungar também a carne do mesmo Cristo que está vivo e real naquela pessoa empobrecida de aparência pouco agradável.

O Papa confidencia um seu grande desejo em forma de sonho: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mas à evangelização do mundo atual que à autopreservação. A reforma das estruturas, exigida pela conversão pastoral, só se pode entender neste sentido: fazer que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de “saída”. Algumas pessoas da paróquia entenderam o apelo do Papa e assumiram o compromisso mensal de um encontro de formação e um envio missionário. São pequenos gestos, mínimos sinais mas acalentam grande esperança de que a Igreja da Trindade comece a ser realmente uma igreja missionária, uma igreja mais voltada para os pobres, uma igreja em saída.

Assim nasceu o Grupo Missão Aparecida que se reúne na primeira quarta feira de cada mês para reflexão, estudo, motivação e no terceiro sábado vai ao morro da penitenciária para a visita missionária. É um grupo aberto sempre pronto a acolher e incluir mais missionários.

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