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Pentecostes

Ao situar a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes Lucas está querendo afirmar que a Lei da nova Aliança é o próprio Espírito. Nesse tempo da Igreja é o Espírito que anima a Igreja e que vivifica a vida dos fiéis. A comunidade que nasce em Pentecostes será iluminada pela nova lei não mais inscrita em tábuas, mas no coração dos crentes. A efusão do Espírito em forma simbólica de línguas de fogo e o vento impetuoso significa a força e presença de Deus de maneira permanente e irresistível. A língua além de ser a expressão cultural de um grupo étnico é o principal instrumento de comunicação entre as pessoas. Através da língua as pessoas se aproximam, se entendem, dialogam e nascem as famílias e comunidades. Quando o texto bíblico afirma que falavam em línguas quer significar que se superam as distâncias, egoísmos, racismos, preconceitos. Contrariamente a Babel em Pentecostes todos falam a mesma língua do amor, do entendimento e nasce uma nova humanidade unida e fraterna. Uma linguagem que é fruto da presença do Espírito e expressa o sentimento interior de cada pessoa. Uma comunicação que não consiste em falar o mesmo idioma, mas viver a mesma experiência de comunhão, de respeito e de reverência face à dignidade de cada pessoa.

. A possibilidade de ouvir na própria língua “as maravilhas de Deus” outra coisa não é do que a comunicação do Evangelho, que irá gerar uma comunidade universal. Sem deixarem a sua cultura e as suas diferenças, todos os povos escutarão a proposta de Jesus e terão a possibilidade de integrar a comunidade da salvação, onde se fala a mesma língua e onde todos poderão experimentar esse amor e essa comunhão que tornam povos tão diferentes, irmãos. O essencial passa a ser a experiência do amor que, no respeito pela liberdade e pelas diferenças, deve unir todas as nações da terra.

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