Isabel de Aragão nasceu no palácio de Aljaferia, na cidade de Saragoça, onde reinava o seu avô paterno D. Jaime I. Era filha de D. Pedro, futuro D. Pedro III, e de D. Constança de Navarra. A princesa recebeu o nome de Isabel por desejo de sua mãe em recordação de sua tia Santa Isabel da Hungria, duquesa de Turíngia. O seu nascimento veio acabar com as discórdias na corte de Aragão, pelo que o seu avô lhe chamava "rosa da casa de Aragão". As virtudes da sua tia-avó viriam a servir-lhe de modelo e desde muito nova começou a mostrar gosto pela meditação, rezas e jejum, não a atraindo os divertimentos comuns das raparigas da sua idade. Isabel não gostava de música, passeios, nem jóias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade. Isabel deu ao rei dois filhos: Constância, futura rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. As numerosas aventuras extraconjugais do marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabel mostrava-se magnânima no perdão criando com os seus também os filhos ilegítimos de Dinis, aos quais reservava igual afecto. Entre seus familiares, constantemente em luta, desempenhou obra de pacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz. Desempenhou sempre o papel de medianeira entre o rei e o seu irmão D Afonso, bem como entre o rei e o príncipe herdeiro. Por sua intervenção foi assinada a paz em 1322. D. Isabel costumava dizer "Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas." Sempre que saía do paço era seguida por pobres e andrajosos a quem sempre ajudava. Após a morte de seu marido, entregou-se inteiramente às obras assistenciais que havia fundado, não podendo vestir o hábito das clarissas e professar os votos no mosteiro que ela mesma havia fundado, fez-se terciária franciscana, após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela e haver dado seus bens pessoais aos necessitados. Fixou residência em Coimbra, junto ao convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana, de que faria doação ao convento. Mandou edificar o hospital de Coimbra junto à sua residência, o de Santarém e o de Leiria para receber enjeitados.Viveu uma profunda caridade sendo sempre sensível às necessidades dos pobres e excluídos. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, dedicada aos exercícios de piedade e de mortificações. Isabel faleceu a 4 de Julho de 1336, deixando em testamento grandes legados a hospitais e conventos. O povo criou à sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe diversos milagres e a santa foi canonizada em 1625. Foram atribuídos muitos milagres, como a cura da sua dama de companhia e de diversos leprosos. Diz-se também que fez com que uma pobre criança cega começasse a ver e que curou numa só noite os graves ferimentos de um criado. No entanto o mais conhecido é o milagre das rosas.Reza a lenda que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados da zona de Alvalade, quando o marido apareceu. O rei perguntou-lhe: "O que levais aí, Senhora?" Ao que ela, com receio de desgostar a D. Dinis, e, como que inspirada pelo céu respondeu:"Levo rosas, senhor." E, abrindo o manto, perante o olhar atónito do rei, não se viram moedas, mas sim rosas encarnadas e frescas" Beatificada pelo Papa Leão X(breve de 15/04/1516) e em 1625 foi canonizada pelo Papa Urbano VIII. Por ordem do bispo D. Afonso de Castelo Branco abriu-se o túmulo real, verificando-se que o corpo da saudosa Rainha estava incorrupto. A canonização solene teve lugar em 1625. Quando esta notícia chegou à cidade realizaram-se grandes festejos que se prolongam até aos nossos dias.
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Também conhecido como Ulrich, Udalric. São Udalrich, São Uldaricus, São Ulrich de Augsburg e São Ulrico de Augsburgo Ele nasceu em 890 DC, na cidade de Kyburg, Zurique-Suíça. É filho do conde Hucpald e Thebirga, parente do duque de Alamannis e da família do Imperador Otto. Ulrico era um menino doente, sendo educado na escola monástica de São Call. Mostrou ser um excelente estudante e mais tarde tornou-se ajudante do seu tio Adalberto, bispo de Augsburg e foi ordenado padre em 28 de dezembro de 923. Ele construiu igrejas, capelas, visitava paróquias e trabalhava com os doentes nos hospitais. Trouxe relíquias de santos, de Roma, para os santuários que ele construiu. Fez um bom trabalho e muito se esforçou para elevar a moral e melhorar as condições sociais do clero e dos leigos, na Suíça. Quando os Magyares invadiram a Alemanha e sitiaram Augsburg, Ulrico, com sua coragem e sua liderança, organizou a resistência até a chegada dos reforços do imperador Oto. Em 10 de agosto de 955, uma batalha final ocorreu em Lechfeld e os invasores foram derrotados. A tradição diz que São Ulrico lutou nesta batalha e teria garantido sua vitória pelas orações, visto que o seu cavalo e os de sua tropa, atravessaram o rio e os dos inimigos afundaram. Foi indicado para ser bispo e após 48 anos de bispado com a sua saúde exaurida, ele renunciou ao seu posto e sua Diocese a favor de seu sobrinho, em uma atitude que teve a bênção do Imperador Otto, mas o Sínodo de Ingelheim decidiu não aceitá-lo como canônico. Eles acusaram o bispo de nepotismo e tentaram julgar o velho bispo. Ulrico teve que pedir desculpas públicas e fazer penitência e foi perdoado, mas a mensagem de seu perdão final só chegou ao seu leito de morte, em 4 de julho de 963.Uma carta que circulou por uns tempos, dizia que Ulrico era contra o celibato dos padres e via o mesmo como uma carga desnecessária, mas mais tarde especialistas do clero provaram ser a mesma forjada e é certo que Ulrico disciplinava a si próprio e ao seu clero na questão do celibato.As suas relíquias estão no santuário da igreja de Santa Afra.A tradição diz que a terra próxima ao seu túmulo repele os ratos e por vários anos tem sido levada por peregrinos, para este fim. É invocado contra tonteiras e tombos em geral. É padroeiro, junto com São José, de uma boa morte!Diz ainda à tradição que a mulher grávida que bebe do seu cálice, terá um parto fácil e assim ele é Também padroeiro de um parto sem problemas. O toque de sua cruz pastoral também era usado para curar pessoas mordidas por cães raivosos.Diz à tradição, que certa vez ele deu a um pedinte uma perna de um ganso, pedindo a este que guardasse a mesma até o dia seguinte (Sexta Feira da Paixão) e a perna de ganso seca, no dia seguinte de manhã, havia se tornado um grande e saboroso peixe.São Ulrico foi o primeiro santo a ser canonizado por um Papa, o que levou a criação do processo formal de canonização que é feito até hoje. Foi canonizado em 993 pelo Papa João XV .Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como: 1) um bispo segurando um peixe, 2) jantando com Santa Wolfgang, 3) gratificando um mensageiro com uma perna de ganso 4) dando sua túnica a um pedinte, 5) com Santa Afra 6)atravessando um rio a cavado enquanto todos os demais afundam, 7) com um anjo dando a ele uma cruz.Sua festa é celebrada no dia 4 de julho.
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